VÍDEO: circulação de pessoas segue intensa em áreas centrais de Santa Maria

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Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
Circulação de pessoas pela Rua do Acampamento na manhã de sexta-feira

A circulação de pessoas nas áreas centrais de Santa Maria seguiu intensa na manhã desta sexta-feira, como já é corriqueiro nos últimas semanas. Com a pandemia e a obrigatoriedade do uso de máscaras, o equipamento é utilizado por quase a totalidade da população. Por volta de 10h, as filas eram pequenas e o tempo de espera baixo em bancos e estabelecimentos comerciais. Entretanto, concomitante a grande circulação de pedestres, o receio com a pandemia do novo coronavírus tem causado mudanças de hábitos na população.

A vendedora autônoma Flávia Mendes, de 39 anos, estava na Rua do Acampamento por volta de 10h40min. Ela relata que, com a chegada da pandemia, deixou para trás algumas práticas que adotava quando andava pelo centro da cidade:

- Não tem mais aquele passeio, aquela olhadinha na vitrine. Vou lá, faço o que preciso fazer e volto para casa. Antes a gente passeava pelo Centro, conferia vitrines, tomava um café, mas agora não.

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Como vendedora de roupas para pets, ela também sentiu na pele as consequências da pandemia, com a redução nas vendas.

Mesmo com as calçadas e ruas movimentadas, essa movimentação não é observada no interior de lojas e estabelecimentos, que enfrentam reduções no faturamento em relação ao período anterior à pandemia. Ainda existe um receio por parte das pessoas em circular pelas ruas e acessar estabelecimentos. Viviane Chaves Cavalheiro não parou de trabalhar como cuidadora de idosos durante a pandemia. Porém, a profissional de 38 anos tem receio de se expôr desnecessariamente. Por volta de 10h30min, ela aguardava por um ônibus no Paradão da Avenida Rio Branco.

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Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)

- A gente fica com medo de sair. Eu tenho receio, pois trabalho em uma clínica geriátrica. Mas tenho todos os cuidados. Ficaria em casa se não tivesse que trabalhar - conta.

Mas há também quem acredite que, tomando os cuidados necessários, não há problema em sair de casa.

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- Não tenho receio por que me cuido. Mantenho o afastamento, uso máscara. Quando chego em casa deixo o calçado e a roupa de lado e vou para o banho - explica Pedro Weis, de 59 anos, que trabalha em uma imobiliária.

Já a cozinheira Geni Silva, de 53 anos, adotou medidas mais drásticas para prevenção. Logo após a confirmação da chegada do vírus em Santa Maria, em março, ela se mudou para uma casa que possui em Toropi, cidade de menos de três mil habitantes, para evitar o risco de contágio. Geni vem para Santa Maria apenas uma vez por mês. Às 11h desta sexta-feira, ela fazia compras em uma feira em frente ao Hospital de Caridade.

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- Venho só quando necessário. Pago minhas contas, faço algumas compras e já volto. Eu me cuido e me sinto à vontade. Me protejo e protejo as pessoas usando máscara, procuro ficar tranquila - conta.

Ela pretende retornar em definitivo a Santa Maria apenas quando a situação da pandemia estiver amenizada.

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Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
População tem utilizado máscara ao sair para a rua

Luís Cláudio Fernandes de Oliveira, que perdeu o emprego como segurança particular em decorrência da pandemia, também procura manter o isolamento e se expôr o menos possível. Em casa, ele cuida do filho Arthur, de seis anos, que está sem aulas. Ele conversava com amigos no Calçadão na manhã desta sexta-feira.

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- Hoje estou aqui pois levei minha mãe na UPA e tive que ir ao Banrisul para resolver algumas coisas. Eu prefiro ficar em casa o máximo do tempo. Como cuido do meu filho, também ensino ele a se cuidar, lavar as mãos, passar álcool gel, usar máscara - relata.

* colaborou Felipe Backes